PROPOSTA

Planaltina, 02/abril/2011 - III CONFERÊNCIA DE CULTURA DO DF
Proposta: Construção de um Complexo Cultural para cada 50 mil habitantes, em cada cidade do DF.

Construção de um Complexo Cultural para cada 50 mil habitantes, em cada cidade do Distrito Federal (vide deliberação da II Conferência de Cultura do DF, Eixo 5, Gestão e Institucionalidade da Cultura), exceto Plano Piloto. Esses complexos devem contemplar, em suas estruturas, espaço para o cinema, o teatro, a dança, a música, as manifestações populares e demais expressões artísticas, além de espaços para a gerência do patrimônio histórico e arquitetônico, exposição e venda do artesanato local, bem como espaços para realização de oficinas artístico-culturais.
Considerando que Planaltina já tem uma área destinada para a construção do primeiro Complexo (ao lado do Ginásio de Funções Múltiplas) que contemplaria diretamente o Setor Tradicional, Buritis I, II, III, IV e Vila Vicentina ficam por definir os espaços para a construção dos Complexos nas intersecções/imediações das áreas abaixo citadas e recursos para a construção imediata do primeiro:
- Vale do Amanhecer e Arapoangas
- Estâncias
- Jardim Roriz e Vila Nossa Senhora de Fátima

Justificativa
A Cultura e a Arte estão presentes no cotidiano de todos nós, seja em espaços abertos, ruas e praças, seja em espaços fechados, lares, templos e recintos destinados a apresentações artístico-culturais.
De todo modo, é inegável a necessidade de se dotar as comunidades de estruturas físicas, Complexos Culturais, para potencializar o fazer artístico-cultural, bem como é inegável que tais espaços se encontram inseridos em todos os quatro eixos norteadores da III Conferência de Cultura do DF, a saber:

Diversidade, Desenvolvimento e Democratização
Entendemos que a construção desses Complexos é um poderoso fator de agregação da diversidade humana e estética, de felicidade e de desenvolvimento, uma vez que sem a fruição da cultura e da arte, em sua imensa variedade, podemos considerar que não há cidadania verdadeira; acreditamos que não há como se falar em democratização do acesso à cultura se não se constroem e não se potencializam os espaços para tal. Planaltina não tem uma só sala de cinema ou de teatro, o que faz com que o lazer de nossa juventude, por exemplo, seja o álcool e as drogas.

Economia da Cultura
A construção e gestão de qualidade dos Complexos Culturais representam a ressignificação do fazer artístico, pois potencializarão os agentes culturais no sentido de dar a eles possibilidade concreta de vazão e comercialização dos seus produtos, além de promover o intercâmbio com as outras cidades, sejam do DF ou do Brasil.
Patrimônio Cultural e Arquitetura
Entendemos que toda cidade, moderna ou antiga, precisa de pensar e atuar na definição e no respeito às normas de construção, na preservação e humanização dos espaços públicos; acreditamos que o Complexo Cultural, em parceria com o IPHAN e demais órgãos competentes, precisa sediar as discussões e os encaminhamentos pertinentes ao patrimônio arquitetônico e sua preservação.
Formação e Intercâmbio Cultural
A realização de oficinas, ministradas por mestres populares ou acadêmicos, da região ou de outras localidades, bem como a realização de shows, exposições e apresentações com artistas da região ou de outros locais ensejará a oportunidade de troca de saberes e a oxigenação necessária ao pleno desenvolvimento artístico-cultural de todos nós.
Consideramos, por fim, que a sugestão de construção dos Complexos Culturais emana da sociedade, necessário se faz que processos a eles relativos, como gestão e metas, possam também ser discutidas por essa mesma sociedade.